sexta-feira, 15 de abril de 2011

pro Liberdade e diversidade genética - Lisboa 17.04

Caros sócios e amigos,

Neste cenário de crises aos mais variados níveis, nacionais, europeias e até mundiais, prepara-se a Comunidade Europeia para aprovar uma nova lei no que diz respeito à utilização das sementes, que pode muito bem vir a abrir portas àquela que pode ser a maior de todas as crises: - falo da nossa sobrevivência enquanto espécie humana. Esta nova lei prepara-se para restringir ainda mais o número de variedades (de sementes) em circulação e, o pior de tudo,
pretende impedir que qualquer cidadão ou instituição possa conservar as suas sementes tradicionais. Ficaremos assim, todos nós, impedidos de aceder a este direito ancestral de conservar e multiplicar as nossas sementes. Apenas o poderão fazer alguns sectores empresariais que se vão apropriar deste direito certificando as sementes e registando-as em seu nome, reclamando para si esse património, pertença de toda a humanidade. Neste momento, muitos de vós, principalmente aqueles que não estão familiarizados com a prática de conservar sementes ou cultivar variedades tradicionais, talvez estejam a pensar que no meio de tantas preocupações que ocupam o vosso dia a dia, esta é mais uma, e que, não vos diz respeito. Pois não podiam estar mais enganados; este é um problema que diz respeito a todos, pois limita-nos nos nossos direitos enquanto cidadãos. Pretendem roubar-nos o direito de continuar a usufruir e a transmitir o legado das gerações que nos antecederam. Ao impedirem-nos de aceder às nossas sementes e ao impedirem a livre circulação das variedades tradicionais, estão reduzir as nossas possibilidades de sobrevivência económica, social e ambiental, face aos desafios que o futuro nos reserva.

Não deixe que outros decidam o seu futuro por si. Este é um assunto que diz respeito a todos nós; por isso, informe-se, consultando os documentos em anexo e tome partido. Juntos podemos travar este processo. E, se assim o entender, participe apoiando as várias iniciativas previstas, divulgue-as junto dos seus amigos e assine a petição que se insurge contra a apropiação (ou patenteamento) deste bem comum, "as nossas sementes"! Elas são, simultâneamente, a
origem e o futuro.

Grato pela vossa atenção,
Pela Direcção,
Zé Mariano

(podem assinar a petição aqui: http://www.no-patents-on-seeds.org/en/recent-activities/sign-now)

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