sexta-feira, 26 de novembro de 2010

hortas pedagógicas/biológicas: desenvolvimentos

Decorrido algum tempo da chamada a candidaturas, convém actualizar a informação ao grupo. Mas antes, convém igualmente enfatizar alguns pontos para evitar mal-entendidos entre nós e com a Reitoria:
- conforme a carta enviada, este processo de candidatura está pendente da concessão ou não de terras por parte da Reitoria (no fundo, nós apenas organizamos um pedido colectivo (bottom-up) dos interessados que se mobilizaram até ao momento)
- não havendo ainda a concessão, não há ainda também qualquer regulamento em vigor - cujos futuros termos, naturalmente, deverão vir a reflectir um encontro das vontades dos "novos hortelões" igualmente de respeitar a vontade do «dono das terras», a reitoria
- a adesão dos alunos ainda não é a esperada: esperemos que o efeito "imitação" venha a corrigir esta distorção da nossa amostragem do "espírito de transição" na nossa academia;

Informações sobre o estado actual das candidaturas:
70 manifestações de interesse
6 alunos
11 funcionários
3 ex-alunos
46 docentes/investigadores
4 indeterminados

39 titulares inscritos
2 alunos
12 funcionários não docentes
2 ex-alunos
23 docentes/investigadores

19 colaboradores registados

Passos seguintes:
- Reunião geral de interessados já na próxima semana; proponho desde já que esta se realize na próxima terça-feira, 30 de Novembro, ao fim da tarde no campus dos Congregados (Av. Central em Braga) em sala a definir (foi nos Congregados que se registou a maior adesão)
- Entrega ao reitor da lista completa de subscritores (titulares+colaboradores) do pedido de terras;
- outras propostas...

Um bom fim de semana em transição,
Luís Botelho

http://umintransition.blogspot.com/
http://www.transitionnetwork.org/initiatives/uminho-transition


-----------------
Já agora, uma "notícia" interessante... de 2008!...
boas notícias - estamos a seguir uma tendência com futuro!
más notícias - a universidade continua atrasada em relação à sociedade---

ÚNICA Nº 1859 - 13 Junho 2008

Um pouco mais de verde e era campo
Com o aumento do preço dos cereais, as hortas urbanas de Lisboa estão na ordem do dia

Textos de Katya Delimbeuf
Fotografias de António Pedro Ferreira

http://www.katyadelimbeuf.com/unica/hortas/Hortas.htm

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Congresso de agricultura biológica, Braga 18 e 19.11

Alertado pelo Filipe Garcia, aqui fica a informação a quem possa interessar...
... e tenha uns minutos para ir até ao Parque de Exposições de Braga:

para mais informações: www.interbio.pt
http://www.peb.pt/evento.php?id=201

3.º Congresso Nacional de Agricultura Biológica.

O Centro de Congressos de Braga acolhe nos dias 18 e 19 de Novembro de 2010 o 3.º Congresso Nacional de Agricultura Biológica. A organização está a cargo da Associação Interprofisisonal para a Agricultura Biológica.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

doze ingredientes doze :-)

(texto original aqui)

1. Set up a steering group and design its demise/transformation from the outset

vd.

2. Start raising awareness

vd. See Transition Initiatives Primer

3. Lay the foundations

4. Organise a Great Unleashing

vd.

5. Form theme (or special interest) groups

Examples: food, waste, energy, education, youth, economics, transport, water, local government.

6. Use Open Space

cf. quick introduction to Open Space. The essential reading: Open Space Technology: A User’s Guide. Wider range: The Change Handbook: Group Methods for Shaping the Future.

7. Develop visible practical manifestations of the project

cf. alguns projetos.

8. Facilitate the Great Reskilling

If we are to respond to peak oil and climate change by moving to a lower energy future and relocalising our communities, then we’ll need many of the skills that our grandparents took for granted. One of the most useful things a Transition Town project can do is to reverse the “great deskilling” of the last 40 years by offering training in a range of some of these skills.

Research among the older members of our communities is instructive – after all, they lived before the throwaway society took hold and they understand what a lower energy society might look like. Some examples of courses are: repairing, cooking, cycle maintenance, natural building, loft insulation, dyeing, herbal walks, gardening, basic home energy efficiency, making sour doughs, practical food growing (the list is endless).

Here's some food for thought:

Your Great Reskilling programme will give people a powerful realisation of their own ability to solve problems, to achieve practical results and to work cooperatively alongside other people. They’ll also appreciate that learning can truly be fun.

9. Build a bridge to Local Government

Your local authority's role will be TO SUPPORT, NOT DRIVE your Transition Initiative.

Examples

10. Honour the elders

In order to rebuild that picture of a lower energy society, we have to engage with those who directly remember the transition to the age of Cheap Oil, especially the period between 1930 and 1960.

While you clearly want to avoid any sense that what you are advocating is ‘going back’ or ‘returning’ to some dim distant past, there is much to be learnt from how things were done, what the invisible connections between the different elements of society were and how daily life was supported.

11. Let it go where it wants to go…

Although you may start out developing your Transition Town process with a clear idea of where it will go, it will inevitably go elsewhere. If you try and hold onto a rigid vision, it will begin to sap your energy and appear to stall. Your role is not to come up with all the answers, but to act as a catalyst for the community to design their own transition.

If you keep your focus on the key design criteria – building community resilience and reducing the carbon footprint – you’ll watch as the collective genius of the community enables a feasible, practicable and highly inventive solution to emerge.

12. Create an Energy Descent Action Plan

During the first year or two of the transition process in your community, the various theme groups will have been focusing on projects that increase community resilience and reduce CO2 emissions. Over time they'll get adept at running projects, measuring outcomes, linking with the key groups in their area and becoming literate around resilience.

When all the key theme groups have built up that expertise, they come back together to help engage the wider community in creating the vision for how that community might look in 15 or 20 years.

13. ???

There are groups currently looking at how the Transition Initiative might need to develop as it goes into the EDAP (EDAP - energy descent action plan) implementation phase. One crucial element looks like being "social enterprises". These could be community-owned enterprises primarily designed rebuild resilience in the local economy by delivering benefits to local people.

Bento XVI: agricultura, resposta para crise económica

(texto integral aqui)

A crise económica atual, sobre a qual se tratou também nestes dias na reunião do chamado G20, deve ser concebida em toda a sua seriedade; esta tem numerosas causas e exige uma revisão profunda do modelo de desenvolvimento económico global (cf. encíclica Caritas in veritate, 21).

É um sintoma agudo que se somou a outros também graves e já bem conhecidos, como o perdurar do desequilíbrio entre riqueza e pobreza, o escândalo da fome, a emergência ecológica e, atualmente, também geral, o problema das greves. Neste quadro, parece decisivo um relançamento estratégico da agricultura. De fato, o processo de industrialização às vezes ensombrou o setor agrícola, o qual, ainda contando com os benefícios dos conhecimentos e das técnicas modernas, contudo, perdeu importância, com notáveis consequências também no campo cultural. Este parece ser o momento para um convite a revalorizar a agricultura, não em sentido nostálgico, mas como recurso indispensável para o futuro.

[...] É necessário dirigir-se, portanto, de forma verdadeiramente concertada, a um novo equilíbrio entre agricultura, indústria e serviços, para que o desenvolvimento seja sustentável, não falte pão para ninguém e para que o trabalho, o ar, a água e os demais recursos primários sejam preservados como bens universais (cf. Caritas in veritate, 27).

Para isso, é fundamental cultivar e difundir uma clara consciência ética à altura dos desafios mais complexos do tempo presente; educar-se num consumo mais sábio e responsável; promover a responsabilidade pessoal junto à dimensão social das atividades rurais, fundadas em valores perenes, como o acolhimento, a solidariedade, a partilha do cansaço no trabalho. Muitos jovens já escolheram este caminho; também muitos licenciados voltam a dedicar-se à empresa agrícola, sentindo responder assim não somente a uma necessidade pessoal e familiar, mas também a um sinal dos tempos, a uma sensibilidade concreta pelo bem comum.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

estudantes: the big switch

What’s the Big Switch?

2000 students live in Pollock Halls. Life at Pollock shapes many freshers’ first experiences of university. The Big Switch project aims to cut the carbon footprint of the Pollock community and make it an area of the city that can sustain itself for decades to come.

Many Pollock residents will be living on their own for the first time. By engaging people at this stage the Big Switch project hopes that energy and waste-saving tips that students pick up will be taken with them to private accommodation. Let’s make Pollock Halls a green beacon in the city, spreading carbon savings wider every year as more students come and go.

Here are just a few of the practical projects that are being planned. Why not get involved or just send us your ideas and feedback?

  • An inter-halls energy competition with prizes for the most low-energy house. We are currently piloting a competition that will be both fair and workable.
  • A huge re-use project at the end of term to collect unwanted items for every house. These are given to new students and a local homelessness charity. In 2009 we saved over 5 tonnes of clothes, books and more!
  • Working with the Pollock landscaping team to plant fruit and nut trees, as well as a herb garden to supply the JMCC kitchens

in http://www.transitionedinburghuni.org.uk/projects/accommodation/big-switch/

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

hidrogeração para as hortas?

HOW TO MAKE a dam for small river (1,5m wide) for hidrogenerator needs ? help?

I would start with a load of riprap (class #1) from your local quarry. That should give your dam shape and support. Then I would use a smaller quarry stone to fill in the gaps and reduce the water flow. You could put down a heavy guage plastic (landscaping plastic) before you apply the smaller stone to really seal it up.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

transição: the movies

end of suburbia (trailer)

o pão nosso de cada dia...

what is "peak oil"?

http://www.foodincmovie.com/

e ainda... Inconvenient Truth, Crude Awakening, Power of Community

brevemente na U.M.
... esperamos!

breve notícia da reunião em Gualtar

Caros colegas em transição,

A reunião em Gualtar realizou-se hoje, conforme previsto, e correu bastante bem - penso eu. Foi possível fazer contacto pessoal - tão importante para a consolidação do grupo de trabalho - e cada participante pôde manifestar as suas expectativas e dúvidas em relação ao projecto. A multidisciplinaridade é uma clara mais-valia - ali estiveram representadas a matemática, a educação, a economia, a medicina e as engenharias. Analisou-se a natural articulação com outras iniciativas em curso, designadamente com a questão da redução dos desperdícios alimentares (discutido no último "Prós e Contras"), com os estudos sobre o impacto da pressão sobre alunos (p.ex. de medicina), com as energias renováveis, com a experiência de "hortas pedagógicas" na nossa região e iniciativas internacionais (via Transition network). Também foi bem acolhida a ideia de ir concebendo um projecto de investigação transversal e integrador, que encare as hortas pedagógicas na UM em transição como o seu laboratório experimental, no qual todos possamos estudar o nosso próprio caso segundo as perspectivas de cada área ou conjuntamente. Um tal projecto tem ainda o mérito potencial de poder vir ajudar a suportar eventuais despesas de funcionamento, desonerando a reitoria de quaisquer encargos - como expressamente referimos na carta já enviada, na qual pedimos as primeiras áreas de cultivo.

Julgo reproduzir fielmente o espírito da reunião ao dizer que UMinhoInTransition se propõe ser uma iniciativa aberta (a ex-alunos, a simples vizinhos da U.M., etc), inclusiva e plural, permitindo a coabitação de diferentes modelos de gestão dos talhões (individuais / comunitários, +egoísta/+altruísta), preocupada com a disseminação de práticas agrícolas sustentáveis (compostagem, agricultura biológica, etc), factor de estabilização emocional (anti-burnout), de melhoramento da componente hortícula das nossas dietas, solidária com as redes de apoio a estudantes e famílias em dificuldades neste tempo de grave crise economico-social, agente activo do movimento global de transição para uma economia menos dependente dos combustíveis fósseis, com comunidades locais mais resilientes e felizes.
-------

Entretanto recebi resposta da Rede-de-Transição(UK) e parece que o mundo universitário começa a despertar para isto. A causa está a ganhar "dignidade" e atenção, tornando-se cada vez mais difícil confundir-nos com simples(?) "hortelões universitários" com muito tempo e pouco que fazer... Talvez não seja exagero afirmar que, num horizonte de 10-20 anos, poucas linhas de investigação universitária serão tão determinantes para "o nosso futuro comum" como esta que aqui dá os primeiros passos. Conviria irmos seguindo e trocando impressões entre nós sobre programas europeus como este de que recentemente soubemos:«Alterações climáticas: Comissão Europeia lança importante programa de investimento em tecnologias hipocarbónicas inovadoras», http://www.ner300.com/...

Sugiro algumas ligações para irmos acompanhando colectivamente a fervura que se vai levantando:
http://peopleandplanet.org/

Reitero o interesse em que se inscrevam na TransitionNetwork pois só assim poderei delegar papeis em outros actores, como é desejável que aconteça.
Neste momento, o aspecto da nossa página oficial na plataforma é terrível: até parece uma iniciativa top down , arghhh! Temos de distribuir tarefas pelas nossas múltiplas energias criativas. desde logo, e enquanto aguardamos uma resposta do Reitor, há estas "funções" a organizar entre nós:
People & Contacts
Initiative email:
Core team: (na realidade já somos uns 25 - muito bom! Há que registar-nos para máxima fluidez da informação, especialmente vinda da rede internacional - cada um de nós terá os seus tópicos preferidos e o contacto centralizado acabará por enviesar o foco de interesses)
Luis Botelho
(cadê os outros?... )
Media point of contact: comunicar, disseminar, contagiar (no bom sentido)
Luis Botelho
Volunteer point of contact: (muito importante, especialmente na vertente social. Seremos capazes de criar e manter um tal grupo?)
Luis Botelho
Web point of contact: (conviria escolhermos/afinarmos uma (ou um cocktail de) plataforma(s) de comunicação que nos preservasse de estar sempre a "chatear" os colegas da U.M. que não querem nada com isto - até para não criarmos muitos "anticorpos" à nossa iniciativa...
Luis Botelho

Peço, pois que se inscrevam no sítio, e me comuniquem os vossos IDs para acrescentar ao "core team" e distribuirmos pelouros:
http://www.transitionnetwork.org/

----------
Só mais dois assuntos que levava em mente para a reunião mas esqueci-me, afinal, de abordar:

i) há anos lancei na U.M. e região envolvente uma iniciativa Kyoto&Eu para a partilha de automóveis, a qual veio a ter sucedâneos (indirectos) no deboleia.com e Galpshare (http://www.energiapositiva.pt/). Uma das vertentes da transição prende-se com "transportes" - falámos do marítimo mas não do automóvel: se lhes parecer bem, talvez o kyoto&eu possa ser um ponto de partida válido.

ii) está em marcha um movimento de candidatura presidencial propondo o meu nome, o que poderá constituir uma oportunidade de conferir visibilidade a multiplos projectos em que estou envolvido; tendo presente o interesse na "disseminação de resultados" da nossa experiência, se alguém quiser voluntariamente subscrever e ajudar a divulgar esta candidatura, desde já agradeço. Clique aqui p.f. para aceder à folha de recolha de assinaturas.

Saudações académicas transitivas,
Luís Botelho

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Reunião em Braga - 4ª feira, 18h00, Anf. 2101 - CPII

RECTIFICAÇÃO DA SALA - reunião será no anf. 2101 do complexo pedagógico II.

----

Caríssim@s,

Dadas as dificuldades de compatibilizar agendas durante os horários lectivos, não seria mais participada uma reunião ao fim da tarde ou início da noite aí em Braga?
Avanço algumas possibilidades da minha agenda a ver que compatibilidade há:

a. 2ª feira 21h00 - 2 votos
b. 3ª feira 14h30
c. 4ª feira 18h00 - 5 votos

Saudações,
LBR

------------
(difundido por email)


Caríssim@s,

Está toda a comunidade académica, especialmente os professores, alunos e funcionários do campus da U.M. em Gualtar, convidada para uma reunião sobre a proposta de criação de uma «Horta pedagógica» em Gualtar, na sequência da já realizada em Azurém. Para essa reunião, o ponto de encontro será na área do bar do CPII pelas 17h45, seguindo depois para uma sala próxima. Os interessados em candidatar-se aos primeiros talhões, entretanto já pedidos à reitoria, não devem faltar a esta reunião.

Saudações em transição,
Luís Botelho

http://umintransition.blogspot.com/
http://www.transitionnetwork.org/initiatives/uminho-transition

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

esboço da carta de pedido de terras ao Magnífico Reitor

Assunto: iniciativa UM in transition – pedido de concessão de áreas nos campii de Gualtar e Azurém para a instalação de hortas pedgógicas



Conscientes dos grandes desafios que se colocam à Humanidade com o progressivo esgotamento das reservas de combustíveis fósseis e o processo de «alterações climáticas», os professores, alunos e funcionários da Universidade do Minho abaixo assinados, vêm respeitosamente junto do Magnífico Reitor para solicitar a cedência de alguns terrenos destinados a instalar e cultivar «hortas pedgógicas» em moldes a definir.

Entre outros aspectos, estas hortas poderão contribuir para:

  • melhorar a “resiliência” da comunidade académica que constitui a U.M.;

  • suprir défice alimentar (quantitativo e/ou qualititivo) de estudantes mais carenciados, especialmente no actual quadro de crise;

  • sensibilizar a comunidade académica para as questões relacionadas com o «fim do petróleo» e as «alterações climáticas»

  • fomentar a investigação e desenvolvimento nas áreas conexas: Energias renováveis (Física / Engenharia), Economia, Ambiente, Agronomia

  • criar condições para um futuro Centro de Investigação em Sustentabilidade(?)

  • reservar uma parte da produção para fornecer legumes frescos para as cantinas da U.M. e/ou para estudantes carenciados

  • poupar despesas com a manutenção de algumas àreas verdes (improdutivas)

  • reforçar o sentimento de comunidade, a aproximação entre as pessoas intervenientes, abrir um espaço de intervenção cultural


Confiantes no melhor acolhimento para este projecto aberto e participativo,


Pedem deferimento,

(para subscrever, pode adicionar um comentário com o seu nome e local - campus/Dept. - onde trabalha)

reunião de 3 de Novembro

Esta primeira reunião em Azurém foi muito produtiva e serviu fundamentalmente para:
- receber e questionar o testemunho da responsável pela Horta Pedagógica de Guimarães, Susana Balsas, que amavelmente aceitou o nosso convite;
..... o arranque será naturalmente estimulante mas também difícil
..... certos(ou todos?) custos de manutenção do projecto podem ser contornados em contexto universitário
..... em fase de cruzeiro é importante a constituição de uma «comissão de utentes», para facilitar a comunicação com a entidade anfitriã (com a Reitoria, no nosso caso)

- analisar as linhas gerais de arranque da iniciativa UMinTransition e possibilidades de apoio concreto da Câmara Municipal de Guimarães em algumas operações necessárias;

- revisão da carta de pedido de terras a dirigir ao Magnífico Reitor;
..... abordado pessoalmente no mesmo dia, o Magnifico Reitor manifestou simpatia pessoal pela iniciativa
..... em breve colocaremos a carta para ser assinada electronicamente pelos primeiros interessados em cultivar talhões nas hortas:
.................. talhões individuais com 25 m2
.................. talhões de 50m2 a cultivar por grupos de 3 pessoas


- verificar o interesse de organizar uma reunião similar em Gualtar - Braga;
.................. a organizar na semana de 8 a 12 de Novembro

- confirmar as múltiplas potencialidades do projecto, dependendo do nível e qualidade do envolvimento da comunidade que vier a ser conseguido na fase de cruzeiro;



------------------

Pequenas histórias que podem acontecer numa horta pedagógica:

- desempregados conseguem trabalho a partir de conversa com a "rede social" da horta;

- depressões são curadas naturalmente;

- famílias endividadas ou em dificuldades conseguem manter níveis saudáveis de alimentação;

- troca de conhecimentos dos agricultores mais experientes, com "capital humano" mantido em família, para os chamados "novos agricultores";

- ambiente convívio e amizade sem barreiras sociais, profissionais, etc.

- realização de festas em datas significativas do calendário agrícola: música, piqueniques e danças populares

A HPG em alguns números:

- A 1.ª fase da Horta dispõe de 19 canteiros o que perfaz um total de 268 talhões.

- Até ao momento temos 201 utilizadores inscritos com 298 colaboradores associados.

- Em lista de espera para ocupação de talhão temos 163 candidaturas apresentadas.

- Inicialmente atribuíamos talhões de 100m2 (2 talhões), actualmente estamos a atribuir talhões de aprox. 50m2.

um novo Muller na TransitionNetwork

Muito pode ser feito no universo duma universidade, e em concreto na Universidade do Minho, nomeadamente nos seus dois campii principais de Gualtar e Azurém. Uma das primeiras linhas de intervenção que se afigura viável poderá ser, desde já, o aproveitamento de alguns solos dos nossos campii para a instalação de "hortas pedagógicas", beneficiando também da experiência próxima da horta pedagógica da Câmara Municipal de Guimarães, em actividade há cerca de 2 anos.

A iniciativa UMinTransition propõe-se igualmente proporcionar uma plataforma de investigação/inovação multidisciplinar com ênfase nas áreas da Energia, Engenharia, Economia, Ambiente, Agronomia. São imensas as possibilidades, uma vez lançadas mãos à obra: métodos sustentáveis de bombeamento e/ou tratamento de águas para rega; micro-geração de electricidade; dinheiro electrónico para o mercado local de troca de produtos (à imagem da Totnes-pound), mas garantindo sempre a autonomia em relação às redes públicas de electricidade, gás e água.

Conscientes dos grandes desafios que se colocam à Humanidade com o progressivo esgotamento das reservas de combustíveis fósseis e o processo de «alterações climáticas», em Novembro de 2010 alguns professores, alunos e funcionários da Universidade do Minho decidiram lançar mãos à obra pedindo ao Magnífico Reitor terrenos para aí instalar e cultivar «hortas pedgógicas».
Entre outros aspectos, estas hortas poderão contribuir para:
- melhorar a “resiliência” da comunidade académica que constitui a U.M.;
- suprir défice alimentar (quantitativo e/ou qualititivo) de estudantes mais carenciados, especialmente no actual quadro de crise;
- sensibilizar a comunidade académica para as questões relacionadas com o «fim do petróleo» e as «alterações climáticas»
- fomentar a investigação e desenvolvimento nas áreas conexas: Energias renováveis (Física / Engenharia), Economia, Ambiente, Agronomia
- criar condições para um futuro Centro de Investigação em Sustentabilidade(?)
- reservar uma parte da produção para fornecer legumes frescos para as cantinas da U.M. e/ou para estudantes carenciados
- poupar despesas com a manutenção de algumas àreas verdes (improdutivas)
- reforçar o sentimento de comunidade, a aproximação entre as pessoas intervenientes, abrir um espaço de intervenção cultural

cf. http://www.transitionnetwork.org/initiatives/uminho-transition

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

iniciativa UM em transição com hortas pedagógicas?

Caros concidadãos da Univ. do Minho...
... e planeta Terra,

Sem entrar na discussão sobre quanto tempo ainda nos resta de "petróleo barato" - e a julgar pelas tendências longas do preço do barril, talvez não seja assim tanto! - parece evidente que há todo o interesse em nos prepararmos para um tempo em que os custos de transporte dos alimentos encorajarão fortemente a sua produção local. Entretanto, passadas duas ou três gerações de acentuada terciarização da nossa sociedade, pode ter-se perdido capital humano precioso para uma readaptação ao novo paradigma: urbano/rural. Mesmo assim, muitas pessoas concordarão ainda que melhor do que o second-life ou o Farmville é uma farm que dá legumes reais e captura toneladas de CO2. E que melhor laboratório para esta experiência que... um campus universitário?

Interessado nestas questões, desloquei-me no dia 22 de Outubro a Paredes, onde se encontra em marcha a iniciativa «Paredes em transição». Jacqi Hodgson, membro da «Transition Network» e autora do livro "Totnes Energy Descent Action Plan" dava ali uma palestra. O objectivo da rede «in Transition» é fomentar uma transição gradual das comunidades locais para uma realidade em que o petróleo/gás serão cada vez mais escassos e caros. Aumentar a "resiliência" destas comunidades passa, então, pelo reforço da capacidade de produção de uma parte cada vez mais significativa dos seus alimentos (e vestuário?), adoptando processos energeticamente sustentáveis, procurando energias renováveis, etc.

Estou convicto de que muito do que ali foi dito e discutido, e ainda mais, pode ser feito no universo da Universidade do Minho, nomeadamente nos seus dois campii principais de Gualtar e Azurém. Uma das primeiras linhas de intervenção que se afigura viável poderá ser, desde já, o aproveitamento de alguns solos dos nossos campii para a instalação de "hortas pedagógicas", beneficiando também da experiência próxima da horta pedagógica da Câmara Municipal de Guimarães, em actividade há cerca de 2 anos.

A iniciativa UMinTransition pode igualmente proporcionar uma plataforma de investigação/inovação multidisciplinar com ênfase nas áreas da Energia, Engenharia, Economia, Ambiente, Agronomia. São imensas as possibilidades, uma vez lançadas mãos à obra: métodos sustentáveis de bombeamento e/ou tratamento de águas para rega; micro-geração; dinheiro electrónico para o mercado local de troca de produtos (à imagem da Totnes-pound), mas garantindo sempre a autonomia em relação às redes públicas de electricidade, gás e água.

Em Portugal, neste momento há duas iniciativas reconhecidas: Paredes e Pombal. A U.M. pode ser a terceira iniciativa e a primeira do sistema universitário. Ainda que apenas 1% da comunidade académica se mostre interessada na iniciativa «UM in transition», já teremos um grupo suficiente para avançar com um pedido de terras ao Magnífico Reitor. Aqui fica, pois, um convite a todos os interessados (professores, funcionários e alunos) para uma primeira reunião. Para o efeito reservei o anfiteatro B1.17 no campus de Azurém para a próxima 4ª feira, dia 3 de Novembro, a partir das 14h00. Assim ficaremos a conhecer o real interesse da nossa comunidade académica neste projecto e poderemos então analisar os passos a dar.

Saudações académicas,
Luis Botelho, DEI - escola de Engenharia da U.M.

--------------------------

hoje...


















amanhã?



In http://www.transitiontowntotnes.org/ «Transition Town Totnes (TTT) is a dynamic community-based organisation with near 40 local projects and 9 theme groups working to strengthen the economy and prepare for a future with less oil and a changing climate. TTT is community led and everyone is needed. »


nota final: Visitando aldeias do sertão angolano, verifica-se que um acesso sustentável a água e energia eléctrica pode fazer toda a diferença para aquelas populações, proporcionando-lhes qualidade de vida e acesso ao mundo sem necessidade de migrar para a "grande cidade". A direcção da missão de Tchindjenje (Huambo - angola) mostrou-se interessada em beneficiar em primeira mão dos resultados que venham a ser conseguidos com a nossa ACÇÃO PRÁTICA.