Muito pode ser feito no universo duma universidade, e em concreto na Universidade do Minho, nomeadamente nos seus dois campii principais de Gualtar e Azurém. Uma das primeiras linhas de intervenção que se afigura viável poderá ser, desde já, o aproveitamento de alguns solos dos nossos campii para a instalação de "hortas pedagógicas", beneficiando também da experiência próxima da horta pedagógica da Câmara Municipal de Guimarães, em actividade há cerca de 2 anos.
A iniciativa UMinTransition propõe-se igualmente proporcionar uma plataforma de investigação/inovação multidisciplinar com ênfase nas áreas da Energia, Engenharia, Economia, Ambiente, Agronomia. São imensas as possibilidades, uma vez lançadas mãos à obra: métodos sustentáveis de bombeamento e/ou tratamento de águas para rega; micro-geração de electricidade; dinheiro electrónico para o mercado local de troca de produtos (à imagem da Totnes-pound), mas garantindo sempre a autonomia em relação às redes públicas de electricidade, gás e água.
Conscientes dos grandes desafios que se colocam à Humanidade com o progressivo esgotamento das reservas de combustíveis fósseis e o processo de «alterações climáticas», em Novembro de 2010 alguns professores, alunos e funcionários da Universidade do Minho decidiram lançar mãos à obra pedindo ao Magnífico Reitor terrenos para aí instalar e cultivar «hortas pedgógicas».
Entre outros aspectos, estas hortas poderão contribuir para:
- melhorar a “resiliência” da comunidade académica que constitui a U.M.;
- suprir défice alimentar (quantitativo e/ou qualititivo) de estudantes mais carenciados, especialmente no actual quadro de crise;
- sensibilizar a comunidade académica para as questões relacionadas com o «fim do petróleo» e as «alterações climáticas»
- fomentar a investigação e desenvolvimento nas áreas conexas: Energias renováveis (Física / Engenharia), Economia, Ambiente, Agronomia
- criar condições para um futuro Centro de Investigação em Sustentabilidade(?)
- reservar uma parte da produção para fornecer legumes frescos para as cantinas da U.M. e/ou para estudantes carenciados
- poupar despesas com a manutenção de algumas àreas verdes (improdutivas)
- reforçar o sentimento de comunidade, a aproximação entre as pessoas intervenientes, abrir um espaço de intervenção cultural
cf. http://www.transitionnetwork.org/initiatives/uminho-transition
Sem comentários:
Enviar um comentário