O movimento internacional “Transition Network” propõe-nos que encaremos desde já alguns dos desafios colocados pelo mais ou menos próximo declínio da produção petrolífera e consequente encarecimento dos preços de transporte (virtualmente) de todos os bens transaccionados. Parece evidente que uma preparação atempada desta transição para uma economia de “baixa-energia” poderá representar uma opção inteligente para as nossas sociedades.
Nesse sentido, as universidades estarão a cumprir com a sua responsabilidade social e ambiental, antecipando na sua própria vivência mudanças cuja necessidade vem sendo percebida de forma cada vez mais clara pela economia e sociedade envolventes. Antecipando a mudança, estaremos em melhores condições para uma partilha do conhecimento entretanto adquirido no momento em que a sua necessidade estiver claramente estabelecida.
Passadas várias gerações de acentuada terciarização da sociedade portuguesa, pode ter-se perdido capital humano precioso para uma readaptação ao novo paradigma: urbano/rural. Nesse sentido, a iniciativa de transição na Universidade do Minho pretende dar um contributo teórico e prático, técnico, social e científico para uma reflexão muito relevante, a prazo, para a sociedade envolvente. O primeiro passo neste processo está a ser dado com a concessão de três áreas pela reitoria da U.M. para o cultivo de hortas nos três campos: Gualtar, Congregados e Azurém.